terça-feira, 31 de março de 2015

Câmara rejeita projeto de lei que proíbe rodeios

Projeto de lei recebeu apoio apenas de seu autor e da vereadora Lilian Siqueira. Votação colocou representantes do setor pecuário e defensores dos animais de lados opostos


Por 12 votos a 2, o projeto de lei proposto por Helio da Van (PT)  proibindo a realização de rodeios em Pouso Alegre foi rejeitado na sessão ordinária desta terça (31). Com presença massiva de representantes do setor pecuário, de um lado,  e defensores da causa animal, de outro, a discussão em torno da proposta foi acalorada.

Além do autor do projeto, a matéria recebeu posicionamento favorável apenas de Lilian Siqueira (PSDB), criando uma curiosa aliança entre situação e oposição. Mas, se recebeu apoio de uma integrante da bancada não governista, da base de sustentação do governo, Hélio não ouviu uma única voz favorável, embora todos tenham ressaltado que a discordância com o colega não passa de um lance pontual, reconhecendo o trabalho realizado pelo petista em prol dos direitos dos animais.

Os vereadores da oposição foram mais incisivos. Hamilton Magalhães (PTB) considerou que o projeto de lei não teria sustentação lógica, já que uma lei federal permite a realização dos rodeios como atividade cultural. Contra esse argumento, Hélio pontuou que ao menos 45 cidades do país já transformaram a proposta em lei.

Outros argumentos ouvidos no plenário se aproximam da fala de Adriano da Farmácia (PTN). Ele defendeu que estudos científicos atestam que os equipamentos utilizados nos touros durante as festas de rodeio não causam qualquer ferimento ou desconforto.

Outro justificativa repetida à exaustão pelos vereadores contrários à matéria foi o fato de que muitos deles têm ligações com eventos festivos ou culturais, como cavalgadas, e com o campo. O que os impediria de votar contra o que consideram parte da "cultura rural".

De seu lado, Hélio da Van agradeceu a presença dos defensores da causa animal e criticou um a um os argumentos utilizados pelos colegas para rejeitarem sua proposta. Para ele, a suposta tradição cultural ou a ligação com o campo não justificam a exploração dos animais para entretenimento ou ganho comercial.

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