quarta-feira, 8 de abril de 2015

Secretários prestam esclarecimentos na Câmara

Eles foram convocados na última semana por requerimento aprovado por vereadores da base e oposição


Os secretários de Defesa Social, Antônio Carlos Mendes, e de Saúde, Giselly Pelegrini, prestaram esclarecimentos aos vereadores na sessão desta terça (07). Convocados na última semana por meio de requerimento aprovado por parlamentares da base governista e da oposição, eles usaram a tribuna livre para apresentar números e responder a questionamentos relacionados à confiabilidade das bases estatísticas dos casos de dengue registrados no município, à escala de plantão médico nos Pronto-Atendimentos e à relação conflituosa do secretário de Defesa com parte dos guardas civis municipais.


Alvo de um abaixo-assinado promovido por servidores da Guarda Municipal, exigindo sua saída da pasta, Antônio Carlos fez um balanço de suas ações a frente da secretaria e atribuiu a crise interna a retaliações pontuais de guardas que discordariam de seu método de gestão,como a alternância de locais de vigia. O secretário chegou a citar nominalmente os servidores que teriam externado o descontentamento com sua gestão.


Já a secretária de Saúde, Giselly Pelegrini, fez um balanço dos casos de dengue notificados no município. Até aquele momento, eles somavam 228,  segundo ela. Destes, 72 já estavam confirmados e o restante aguardava o teste de sorologia. Ainda de acordo com a secretária, o quadro evidencia um surto da doença no município, o que ainda não caracteriza uma epidemia.


Em análise comparativa, ela demonstrou que o avanço da doença nos últimos três anos na cidade acompanha a tendência regional, estadual e nacional. Giselly esclareceu ainda que as medidas necessárias estão sendo adotadas e que elas seguem o protocolo padrão do Ministério da Saúde. Desta forma, sugestões como a feita pelo vereador e médico Paulo Valdir (PSL) para utilização de fumacê contra o mosquito não seriam viáveis neste momento.


Confronto
Logo após a secretária encerrar sua fala na tribuna, o vereador Ayrton Zorzi (PMDB), que a havia acusado de maquiar os números referentes aos casos de dengue, reafirmou a acusação, exibindo um documento em papel timbrado da Prefeitura que lhe teria sido entregue por uma funcionária então exonerada por supostamente ter "confrontado a secretária com números reais".


O presidente da Casa, Rafael Huhn (PT)  chegou a ceder mais uma vez a palavra à secretária para que ela pudesse se posicionar à respeito, mas Giselly preferiu não usar o espaço.


Vereadores pressionam por saída de secretário


Mas a grande polêmica da sessão se deu durante a fala do vereador Adriano da Farmácia (PTN). Ele exibiu um vídeo com imagens de uma reunião entre os servidores da Guarda Municipal com o sindicato da categoria, o então secretário de Recursos Humanos, Leondenes Camargo, e o secretário de Defesa Social Antônio Carlos Mendes. No vídeo, o secretário proíbe os guardas de "falar mal do prefeito" e ameaça punir quem desobedecesse a determinação.


Com base na gravação, o vereador pediu o afastamento de Antônio Carlos, que segundo ele, teria ferido o artigo 5º da Constituição Federal, que protege as liberdades individuais dos cidadãos. Adriano acusou o chefe da pasta de. Instalar uma ditadura na Guarda.


Da plateia, cerca de. 10 guardas civis acompanhavam a sessão. Eles apoiaram o discurso dos vereadores de oposição e chegaram a ficar de costas para o plenário durante a fala de Antônio Carlos.

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