quinta-feira, 14 de maio de 2015

FGV apresenta projeto do aeroporto de Cargas aos vereadores

Projeto foi pensado para ser uma parceria público privada em um modelo de concessão inédita no país, o padrão greenfield, em que o aeroporto outorgado tem sua construção e operação concedida à iniciativa privada. Concessão dependerá de legislação a ser aprovada na Câmara




Técnicos da Fundação Getúlio Vargas e representantes da Prefeitura apresentaram para os vereadores na manhã desta quinta-feira (14) o projeto de viabilidade técnica, econômica e financeira do aeroporto de cargas de Pouso Alegre. O projeto antecede a abertura do edital de concessão pública do empreendimento, que deverá ser construído e operado pela iniciativa privada.

O projeto foi apresentado pelo professor da FGV, Francisco Vignoli. Segundo ele, o projeto foi pensado para ser uma parceria público privada em um modelo de concessão inédita no país, em que o aeroporto outorgado tem sua construção e operação concedida à iniciativa privada. De acordo com o estudo da fundação, o aporte inicial estimado para a construção do aeródromo deve superar os R$ 500 milhões. O faturamento no primeiro ano deve ficar em torno dos R$ 100 milhões e chegar aos R$ 270 milhões em sua fase de maturação.

Mas para que o empreendimento e suas cifras sejam concretizados ainda será necessário que ele passe pelo escrutínio público, em audiência aberta à população, a partir da confecção da minuta do edital de concessão e ainda dependerá de legislação municipal específica que será votada na Câmara de Vereadores. A expectativa dos técnicos é que o processo de concorrência pública seja feito no segundo semestre do ano.

Modelo de concessão
O modelo de concessão pública apresentado pela FGV foi o que mais chamou a atenção dos vereadores. Segundo o estudo da fundação, a concessão do empreendimento à iniciativa privada terá que ser feita nos moldes de uma Parceira Público-Privada (PPP), considerando que o retorno financeiro do empreendimento não seria o suficiente para remunerar o investimento feito.

No entanto, em uma PPP convencional, o poder público entra com parte dos recursos para tornar o investimento atrativo para a iniciativa privada. Mas os valores envolvidos são elevados para os padrões orçamentários do município. A solução encontrada envolve a cessão da área do atual aeroporto municipal para os investidores. Uma vez concluído o aeroporto de cargas e desde que ele já esteja operando transporte de passageiros, o grupo ganhador assume a posse do antigo. Ao final da concessão, que deve girar em torno de 30 anos, tanto o aeroporto novo quanto o antigo passam à posse do município.

Questionamentos
O presidente da Câmara, o vereador Rafael Hunh, questionou os técnicos sobre as possíveis brechas de prorrogação no prazo de concessão do serviço aeroportuário, citando casos controversos de concessões de serviços públicos, como o de água e esgoto, que têm pouca viabilidade de retornar ao domínio do município por barreiras impostas no contrato de concessão. “O curto histórico de concessões que o município possui não tem bons exemplos”, observou o vereador. O professor da FGV esclareceu que, em princípio, não haveria riscos de o serviço não retornar para o município após a vigência do contrato. “Os riscos estão, em sua maioria, com o investidor, que fica sujeito, inclusive, à suspensão do direito de operar o serviço que fica sob a regulação da Agência Nacional de Aviação Civil”, disse, lembrando que nesse caso o serviço voltaria ao exercício do município.

Os vereadores Flávio Alexandre, Paulo Valdir e Adriano da Farmácia quiseram saber ainda sobre os prazos envolvidos no processo de concessão, especificamente no prazo estimado para que o empreendimento traga benefícios diretos para o município. Segundo estimativa da FGV, o aeroporto de cargas poderá render até R$ 5,4 milhões por ano aos cofres públicos em impostos, além do valor que deve agregar à economia com seus ativos e geração de renda.

A infraestrutura de acesso ao aeroporto foi uma das preocupações manifestadas pelos vereadores Hélio Carlos, Ney Borracheiro e Lilian Siqueira. Eles quiseram saber de quem era a responsabilidade de prover o acesso. Foram informados que, a princípio, a responsabilidade pelas obras é da Prefeitura.

Os vereadores também questionaram quanto à desapropriação dos terrenos que vão abrigar o aeroporto de mais de 5 milhões de metros quadrados. Os técnicos informaram que a área será adquirida pelos investidores. Nas audiências públicas que debateram o projeto, os moradores das regiões afetadas pelo empreendimento deverão ser ouvido. De acordo com o professor Francisco Vignoli, esta etapa só pode ocorrer depois de pronta a minuta do edital de concessão, para que as discussões se baseiem em situações já previstas pelo futuro edital.

terça-feira, 12 de maio de 2015

Câmara Municipal doa Van Ducato seminova para Secretaria de Esportes

O veículo com apenas 13 mil quilômetros rodados estava sendo pouco utilizado na Câmara. A partir de agora, ele vai atender às viagens de atletas locais


Atletas mirins vão utilizar van em viagens
Atenta às demandas esportivas da cidade e, ao mesmo tempo, cuidando da correta utilização dos equipamentos permanentes da Câmara Municipal, a Mesa Diretora do Legislativo de Pouso Alegre formalizou nesta terça-feira, 12, a doação de uma Van Ducato, ao 2013, com apenas 13 mil quilômetros rodados, para o município.

O veículo deve ser utilizado pela Secretaria Municipal de Esportes, a fim de auxiliar as viagens dos atletas de Pouso Alegre. O serviço ficava comprometido, até então, pela falta de transporte. A portaria, que oficializa a doação foi lida na sessão desta terça-feira.

A medida adotada pela casa de leis reflete ainda em economia para os cofres públicos, dando destinação útil a um veículo que era pouco utilizado. De um lado, a Câmara economiza em manutenção. De outro, a Prefeitura não precisará despender de recursos para a compra de um novo veículo.
Van Ducato doada pela Câmara à Secretaria de Esportes

“Zelar pelo uso eficiente dos equipamentos públicos e destinar recursos para o melhor aproveitamento possível da população é um dever dos órgãos públicos. A Câmara de Pouso Alegre está atenta às necessidades da população. O veículo que doamos será mais útil na Secretaria de Esporte, atendendo às demandas dos nossos atletas”, avalia o presidente da Câmara, Rafael Huhn.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Presidente da Câmara busca incentivos fiscais para ampliação da Ice Bom

Empresa que surgiu e se desenvolveu em Pouso Alegre quer dobrar sua capacidade produtiva, mas para garantir plano de expansão tenta ingressar em modalidade especial de ICMS

O presidente da Câmara, o secretário de Governo e o diretor da empresa Maxi Bom Alimentos
A carga tributária é uma das maiores barreiras no caminho da ampliação da atividade industrial. Em Minas Gerais, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) responde por boa parte dos encargos que oneram os empreendedores. Na instalação de novas empresas tem sido comum a isenção de parte dos impostos. Mas conseguir os mesmos incentivos para ampliação de plantas fabris já instaladas é mais difícil. É o caso da ampliação de uma grande empresa de Pouso Alegre, a Maxi Bom Alimentos, que fabrica o sorvete Ice Bom. A empresa tenta ingressar no regime especial de ICMS, com alíquotas menores do tributo, para dar continuidade à sua expansão, que desde o ano passado foi responsável por triplicar o número de funcionários atuando na empresa.

Na sexta-feira (08), o presidente da Câmara de Pouso Alegre, o vereador Rafael Hun (PT), intermediou uma reunião entre os proprietários da Maxi Bom Alimentos e o secretário de Governo de Minas Gerais, Odair Cunha, em Belo Horizonte. O encontro abre uma nova rodada de negociações em busca de incentivos fiscais para que o empreendimento prossiga com o plano de expansão que pretende dobrar sua capacidade produtiva. A empresa solicita o incentivo fiscal para seu projeto de ampliação desde 2014 junto Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais (INDI).

A intermediação do vereador Rafael Huhn facilitou a discussão entre os empresários e o governo do Estado, a fim de viabilizar incentivos fiscais que garantam a expansão da fábrica em Pouso Alegre. “É fundamental que a Câmara Municipal de Pouso Alegre participe ativamente dessas agendas de desenvolvimento do município. Sabemos a importância que os auxílios que o governo do Estado e do município podem fazer para que essas empresas garantam a expansão de sua capacidade física e de geração de empregos. Nós temos certeza que outras agendas também vão surgir e a Câmara de Pouso Alegre vai intervir pelas empresas pouso-alegrenses”, afirmou o presidente.

Com 27 anos de história, a Ice Bom é uma empresa genuinamente pouso-alegrense. Nasceu pequena e hoje é uma das maiores da região em seu segmento. Agora, a empresa que já gera 306 empregos diretos, pretende dobrar sua capacidade produtiva, o que deve gerar ainda mais vagas de emprego.

O diretor da empresa, André Luiz Ribeiro, ressalta que a aprovação do pedido protocolado junto ao secretário de Governo amplia os horizontes da empresa, incrementando sua competitividade no mercado. “Nossa perspectiva de crescimento é muito significativa. Vamos ter condições de concorrer com as grandes empresas de sorvetes que vêm de outros estados e têm uma grande fatia de participação no mercado”, projeta.

Para o diretor da Maxi Bom, a interlocução ágil do presidente da Câmara deu novo fôlego às negociações para obtenção dos incentivos fiscais. “Nós levamos até o presidente Rafael Huhn nossas dificuldades na empresa e ele se prontificou de imediato a ajudar, conseguindo agendar a reunião no mesmo dia que foi solicitado”.

O secretário de Governo, Odair Cunha, se comprometeu a dar celeridade às negociações e reforçou a importância do projeto. "Entendemos e valorizamos muito a possibilidade de expansão da Maxi Bom, principalmente por saber que esta é uma empresa de Pouso Alegre, que nasceu em Pouso Alegre e, crescendo irá colaborar ainda mais com a geração de emprego e renda na cidade", ressaltou.

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Lei aprovada na Câmara quer mobilizar população por cidade mais limpa

De autoria do vereador Wilson Tadeu Lopes (PV), o programa 'Cidade Mais Limpa' ormaliza a execução de ações permanentes de educação e conscientização para higiene, limpeza e correta destinação dos resíduos sólidos


Juliana separa materiais recicláveis em casa (Reprodução TV Câmara)


Todos os dias, os pouso-alegrenses produzem mais de 100 toneladas de resíduos. Esta, pelo menos, é a conta que se faz considerando apenas o lixo que chega ao aterro sanitário local. Ao longo de um mês são mais de 3 mil toneladas ou seis piscinas olímpicas preenchidas com lixo já compactado. O desafio de dar a correta destinação a essa montanha de materiais descartados está entre os grandes problemas do mundo moderno. A grande questão, porém, é que essa é apenas a ponta do iceberg. Outras centenas de toneladas de resíduos vão para lixões clandestinos, áreas verdes e terrenos baldios, quando não terminam nas vias públicas, sujando a cidade e entupindo bueiros.

Contornar um problema tão complexo depende de uma ampla mobilização social, que envolva órgãos públicos, iniciativa privada, sociedade civil organizada e indivíduos. Em uma tentativa de alcançar esta ampla coalizão, a Câmara de Vereadores de Pouso Alegre aprovou na última semana o projeto de lei que cria o programa 'Cidade Mais Limpa'. De autoria do vereador Wilson Tadeu Lopes, o projeto de lei formaliza a execução de ações permanentes de educação e conscientização para higiene, limpeza e correta destinação dos resíduos sólidos.

“Queremos somar todas as forças ativas da sociedade para uma grande mobilização em prol da correta destinação do lixo. A responsabilidade de manter o nosso quintal, a nossa rua e a nossa cidade limpos é de cada um”, considera o vereador Wilson Tadeu Lopes.


Lixo jogado na rua causa transtornos (Reprodução TV Câmara)
O programa permite a colaboração entre o município, entidades privadas e sociais. As ações de divulgação deverão ser focadas em bairros ou regiões administrativas. O slogan 'Cidade Mais Limpa' deve vir acompanhado da frase “Agora é com você”, para deixar claro que a iniciativa só pode funcionar com a participação de todos.

Mas se nem todos têm essa consciência, há quem já adote as ações recomendadas pelo programa. É o caso da pedagoga Juliana Souza. Na casa dela, material reciclável é separado dos demais resíduos. E o lixo só é colocado para fora de casa no horário da passagem do caminhão de coleta. “A esperança é que todos possam fazer algo. Quando fazemos nossa parte, estamos fazendo por nós mesmo, por nossos filhos e por nossa cidade. Sou muito a favor da conscientização e estou a disposição como cidadã para ajudar no que for possível”, considera a pedagoga.

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Rafael Huhn cobra agenda de desenvolvimento para empreendedores locais

Para o presidente da Câmara, município foca esforços apenas na atração de novas empresas, deixando de lado o desenvolvimento de políticas voltadas para o fomento das empresas já instaladas na cidade 



Atrair novos investimentos para o município é um esforço comum a todas as administrações. O êxito dessa política se converte em benefícios econômicos e sociais para a toda a população. No entanto, para além deste esforço, é necessário manter um ambiente de oportunidades e incentivos para a base da economia local, formada por pequenas e médias empresas de diversos segmentos que já atuam no município. Para o presidente da Câmara de Pouso Alegre, o vereador Rafael Huhn (PT), esta última tarefa não estaria sendo desempenhada da forma que devia pelo município.

O vereador usou a tribuna livre da Câmara esta semana para fazer um discurso contundente. Ele cobrou a construção de uma agenda de desenvolvimento para os empreendedores de Pouso Alegre. Na avaliação do parlamentar, o município estaria focado apenas na atração de novas empresas, deixando de lado a estruturação de uma política de fomento e incentivo às empresas já instaladas na cidade.

"O desenvolvimento econômico da cidade passa também pelo fortalecimento das empresas que estão aqui. Não adianta fazer de tudo para trazer empresas novas se as que aqui estão não recebem nenhum tipo de apoio", cobrou. O vereador lembrou que o município é referência para toda uma macrorregião e necessita de políticas consistentes para fundamentar o desenvolvimento local e regional em todas as frentes.

Rafael Huhn criticou a atuação da Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Segundo ele, a pasta estaria deixando de lado seus propósitos para se transformar em um instrumento político. “O secretário de Desenvolvimento Econômico foi à Acipa apresentar para aos comerciantes detalhes das obras das galerias pluviais, uma ação que é da Secretaria de Obras. Enquanto isso, deixa de cumprir seu papel como indutora do desenvolvimento econômico local”, criticou.

Não é a primeira vez que Rafael Huhn faz críticas à falta de políticas articuladas para a economia local. No início do ano, o vereador deu uma entrevista à imprensa cobrando iniciativa da Prefeitura e um posicionamento mais estratégico do município para garantir melhores condições de atuação para os empresários locais.

Projetos de lei
A pauta de votação dessa semana foi enxuta. Duas propostas foram aprovadas em votação simbólica. Proposto pela vereadora Lilian Siqueira (PSDB), o Substitutivo Nº 001 ao projeto 7107 de 2015 autoriza a Prefeitura a criar espaços destinados à instalação de banheiros públicos permanentes. Para ir à sanção do prefeito, a proposta ainda precisa retornar ao plenário para ser apreciada em segunda votação.

A Rua C do Bairro Paraíso passa a se chamar Rua Valdemir Dias Gonçalves. A sugestão foi feita pelo vereador Flávio Alexandre (PR). O projeto de lei que formaliza o nome foi aprovado em única votação. Por fim, o vereador Adriano da Farmácia (PYN) submeteu ao plenário um requerimento solicitando informações da estrutura funcional da Guarda Municipal. O requerimento também recebeu posicionamento favorável dos vereadores.